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Do que eu sinto falta:

de brincar de pequena sereia na praia com a minha irmã, nadando com os pés cruzados

de caçar caranguejos nas pedras

de comer, comer, comer, comer e não engordar nunca

de fazer todo tipo de esportes

de tocar piano, dançar jazz e das aulas de “musicalização” que eu tocava xilofone

de quando o maior problema da minha vida era convencer a minha mãe de tomar banho de banheira, porque gastava muita água e ela não deixava sempre.

de quando eu achava (tinha certeza) que ia casar com o Daniel Radcliffe

de cantar “meu coraçãaooo (com calças com calças) nao sei porqueeee (sem calças sem calças) bate feliz (com calças com calças) quando te veeeee (sem calças sem calças)”

de ficar horas na varanda da casa na praia olhando os raios, quando tinha tempestade

de trocar bilhetinhos na aula falando sobre todos os meninos da 8a série

de ir pra aula direto da balada

de brincar de “bases”

de me esconder com meu namoradinho da 4a serie atrás do oratório depois do almoço e sair correndo como nunca quando chegava algum vigilante

de tentar entrar na marcenaria da escola todos os anos e NUNCA conseguir..mas valia pela emoção.

dos acampamentos da escola

de ficar 1 minuto sozinha na gruta do boliviano e sair de lá achando que agora sim eu sabia o que era ser corajosa.

de analisar todas as salas do colégio quando saía um novo anuário e grifar todos os nomes que eu conhecia.

de pegar recuperação e morrer de medo de entregar o boletim pra minha mãe assinar

do cheirinho da sabrina e de quando ela me acordava de noite porque tava com sede.

de fazer “arrastão” com o meu pai e ficar descobrindo peixes legais

das viagens em família

de entrar de bicão em festas de 15 anos LIKE A BOSS

de todas as primeiras vezes de tudo

de ficar no telefone escondido até as 4 da manhã sendo que eu precisava acordar as 6

de quando eu ficava imaginando como eu ia ser quando eu tivesse 18 anos

de acordar todo dia com a minha mãe berrando no meu ouvido e depois voltar a dormir mais 2 minutos enquanto ela fazia o meu leite e PULAR da cama ao ouvir ela subindo as escadas de novo. Foi desse jeito que eu aprendi a fazer minha POKER FACE.

das vezes que eu queria fugir de casa e não tinha coragem, então eu pegava um cobertor, uma lanterna e um monte de gibis da turma da mônica e ia me esconder na casinha do cachorro. e eu sempre desistia de ficar lá antes de qualquer pessoa sentir minha falta porque era muito sujo e eu tinha medo dos pregos soltos que tinham lá. Não, eu não tinha medo das aranhas, e sim dos PREGOS (?).

do dim dim, da madonna, da judy, da sabrina, do o-o e da nikita

do medo q eu fico quando eu pego um avião

de fazer meus showzinhos de palhaçada pra qualquer pessoa

de cantar no karaokê sem ter noção do quanto eu sou desafinada

de todos os desenhos da nickelodeon

de fingir pra minha irmã que eu não assistia pokemon e sempre que ela chegava no quarto eu trocava de canal rápido pra ela achar que eu tava assistindo malhação.

de quando eu nem sabia o que “tristeza” “raiva” “inveja” ou “ciúmes” queriam dizer.

de quando eu não tinha tanto nojo de hipocrisia. de quando eu nem sabia o que hipocrisia significava.

de quando eu tinha certeza que QUALQUER duvida/problema/dilema que eu tivesse na vida era só falar pros meus pais que eles saberiam o que fazer.

de comer 1 pedaço de pizza em 3 mordidas e me achar o máximo por isso

de quando eu SUAVA FRIO pra pedir 10 reais pros meus pais achando que eles não iam me dar e ainda iam brigar comigo.

de quando tudo o que eu precisava pra ser feliz era uma piscina e uma baleia de plástico.

de quando férias se chamava “férias” e não “desemprego”.

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  1. Giovanna
    January 26, 2012 at 10:46 pm

    muito bom re!! muita saudade de muita coisa dai tb…<3
    fazia tempo q nao lia seu blog!! vou terminar de ver os outros pra ficar em dia, fuiiii

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